segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Amor Platonizado



Eu me apaixonei pela pessoa errada
Agora vivo a platonizar este amor
Como os trovadores da idade média
Vivo apenas ao meu senhor.

Minha vida se foi ao encontrar-te
Pois sua alma sucumbiu a minha
Mas o meu coração ao teu não juntou
Deixaste-me quebrada a beira do abismo
E apenas por indolência não me empurrou.

Vivia sossegado e hoje pergunto por que te encontrei
Se só foi por olhares, preferia antes de ti
Pois antes não sabia quem era mas era feliz
Hoje nem a ignorância você me deixou.

Sou seu capacho, e você nem pisa em mim
Trata-me como querida, mas fecha os olhos
Indiferentemente não ama-me (será?)
Apenas diz sim.

Minha melancolia tu roubaste
Deixou-me nua de alma
Foi embora sem se despedir.
E eu? Eu apenas sigo meu caminho tétrico.
Entrego-te minha alma, minha vida, meu amor
Mas será que um dia, irá você lembrar de mim?


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Reflexus Ultimus




A brisa gelada encontra-se ao meu corpo desnudo
Lá fora o vento canta junto a árvores.
Tudo parece lindo como se não houvesse mal,
Quem me dera acreditar na beleza superficial.
Os bichinhos brincam como se tudo estivesse natural
As crianças correm e gritam sem nenhuma preocupação

Enquanto isso eu estou trancada em um quarto vazio
Tenho medo de mim, dos humanos em geral.
Transformamos tudo em dinheiro,
pagamos pela água que nos era dádiva.
Nossas vidas minimizaram-se ao consumo,
E o diabo amassou o pão que nos comeremos.

O sangue jorra da montanha sem nenhuma devoção
Contrariamente nos bebemos vinho e celebramos piegas
Enquanto a conspiração nos fecha os olhos e nos fazem deslumbrar diamantes
Calam nossas bocas com papel timbrado com a cara do ...
Pensam que não sabemos o que eles fazem com criancinhas
Acham que somos burros e não sabemos ligar as evidências.

Ah! Como eu queria novamente minha inocência
Não ter conhecimento das bárbarias
Ser limpa na alma mas já nasci em meio a putre burguesia
E me ensinaram a fechar a boca e não falar o que há de errado
Rir com vontade de chorar,
E mentir dizendo que a vida é bela.

Infames cristãos que acreditam no amor
A vida é o terror impresso e multicolorido
Queremos que tudo seja sóbrio mas nos perdemos no ébrio profano
Nos esquecemos no passado antes da primeira dose do vinho estragado
Vomitamos o que compramos com dinheiro
Compramos casas, apartamentos, viagens e prisão
Não podemos falar em liberdade nem em expressão
Tudo foi robotizado como eles queriam
Nossas almas foram trocadas por mercadoria
O ódio me sucumbe em cada linha escrita
Minha poesia não será despendida pois não está nas liquidações de verão

As festas tornaram-se capitalistas
A televisão nos programa para não sairmos de casa na hora da novela
Lá fora há mais que uma noite linda, há destruição.
Há ruínas de pessoas desconhecidas para elas próprias
Arrasaram a vida
Estatelaram a felicidade
Nos impuseram e não temos livre-arbítrio.

Não é mais como era antigamente
Nunca mais felicidade e contentamento
Finalmente fomos vendidos
E agora somos manipulados como fantoches,
Finalmente o lado de deus venceu.

domingo, 12 de outubro de 2008

Os passos se aproximam mas nunca irão chegar...

A Partida da Chegada



As garoas me remetem a minha terra
Terra essa onde tudo é cinza e melancólico
Aonde tetricamente a rotina vai se cumprindo.
No qual, sorrisos são congelados no tempo;são mórbidos.
O silêncio não reina e os passarinhos foram emudecidos.

A inocência perdeu-se em algum lugar do passado.
A luz é sucumbida pelo fusco pesaroso do crepúsculo.
Alguém sempre a me desordenar
Faz meu caminho cruzar-se com o seu.
Idolatrado seja, indignamente, aquele que me ofereceu amor.

Está longe de mim, tudo que um dia esboçou-me prazer.
Do tempo esvaísse a candidez do meu não ser
Mas hoje me sinto sublime em lutar pelo o meu mal-querer.
Nem toda dor me fará morrer diante da fraqueza do real.

Pensando no merencório mar,
Vou seguindo pela praia, apenas a imaginar.
Deixo pegadas na areia,
Para um dia novamente nossos caminhos se cruzarem.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

QUERO-TE



Você sabe que é você que quero, que anseio com plenitude apesar de ser impossível. Vida não são iguais aos contos de fadas, isso eu já sei!
Mas tu és culpado de tamanha agonia e excitação, não finjas que não tem nada haver pois foi você que me despertou paixão.
Sentimento o qual pensei que já estivesse se apagado em mim depois de tanto tempo e consternação mas que se mostrou forte diante á você.
Hoje eu só vivo a contar o tempo que leva para ver-te e a tentar entender porque ele corre quando estou com você.

Sonhando Você



Sou um bichinho inofensivo
Sufocado pelo ar
O tempo vai passando e nada de sólido realizará
Apenas lágrimas de amores solitários.

Vidas indolentes,
Contrariando minhas regras faço o que é contra mim
Olhando estrelas frias
Constatando que você não está aqui, nunca esteve.

Só queria poder te ligar, ouvi sua voz
Mas isso não é possível
Infelizmente só em sonhos você se faz real

Minha imaginação idealiza você
O dia que você dirá que sente o mesmo que eu sinto por ti
Mas é somente devaneio fantasioso de alguém que te anseia.

Amor Solitário



Tenho medo de perder-te mas a mim você não pertence
Passo o dia a te procurar mas ao meu lado você não está
A vida é triste e execrável
Como posso amar quem nunca me amou?

Agora, os dias passam pesarosos
No curto tempo da vida eu procuro te encontrar
Vou ao seu encontro mas lá você não está, nunca esteve
E quem me espera não faz parte das minhas fantasias.

Uma vez mais meu coração bate forte
Porém cansei de amar sozinha.
Ao meu redor apenas os ruídos e sussurros do paraíso.

Ilusões de um amor perfeito
Miragens do oásis do amor
Mas às vezes convenço-me de que meu destino foi escrito para á solidão.

Quando Você Chegar


Você vai chegar
Esta perto da sua volta
E minha agonia paira no ar
A saudade machuca meu coração
e a incerteza do nosso amor me faz perguntas sem respostas
o medo invadiu meu peito no momento que descobrir que gosto de ti.

Somos tão diferentes e iguais
Sua alegria completa minha eterna melancolia
Seu olhar fica preso ao meu ai eu posso ler sua mente,
isso dá temor
Seu sorriso verdadeiro finda o meu falso
Meu corpo se unirá ao seu transformando-nos em um só.

Você se tornará o único em meus planos e medos
Vai ser meu Romeu e eu sua Julieta
mas o nosso final terá um feliz para sempre
E quando os nossos lábios se tocarem a magia irá paira no ar

Eu não sei se o nosso amor vai ser imortal
mas que ele seja eterno enquanto dure.

SOS


Dê-me a mão antes que eu me jogue nesse abismo infinito
Já não enxergo as pessoas na minha frente
Não é nenhum surto,nem drogas
Mas o fim está próximo e a culpa é da nação
Meus olhos fecham
Vagarosamente para sentir cada fração de dor no meu corpo inerte
Há tempos o mal estar presente,junto a mim,junto a nós

A cabeça não se ergue mais
O cheiro é de podre coração
O ar ressente-se nos pulmões pretos e sedentos
Mas me dê sua ajuda eu não quero mais essa prisão
Já disse adeus sem ir embora

O preto,cinza e vermelho
Fina voz da insensata,insana morte
Salve-me antes que eu goste ainda mais da solidão
Obedeça minha ordem
Junto aos meus pés a corrente
E a loucura se faz presente nas minhas musicas,poesias e tentações.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008



Não há palavras pra descrever o que sinto quando seus lábios encontram-se com os meus nos meus sonhos de infinito amor. Mas o trovadorismo dos meus sentimentos impede-me de dizer-te o quanto quero ser tua. O quanto você mexe comigo...
Infelizmente falta-me coragem para dizer o que se passa em meu coração...

Demônios em mim



É tão triste e sínico
Os dias passam
Sem ao menos saberem se eu quero que eles passem
O magma do vulcão do seu coração,me queima
No fundo de seus olhos reflete meu egoísmo
em vez de minh’alma
O que acerta o meu coração não é a flecha do cupido
mas o tiro da arma culpada do meu suicídio

O demônio te possui
Eu exorcizo seu amor
e me deixo dominar pela dor
Pelo seu sofrer
Agonizando
E adiando a hora do morrer

Meu corpo se encontra aqui
mas meu pensamento está em outra dimensão
Meu coração congela mais uma vez para não correr o risco de provar a felicidade
ou me apaixonar outra vez
Não quero o futuro que você traçou para mim

Ver-te já não me traz tanta dor
E você achando ter o que jamais terá
Meu amor é impossível pois não possuo a configuração desse sentimento em meu coração
E outra pessoa chora em meu lugar pois minhas lagrimas secaram-se
E o meu sangue já não corre em minhas veias artérias e vasos
E no chão só mais um corpo morto
Sem nenhum sentimento de expressão
Sem nenhum sangue bombeado pelo músculo do amor
E agora é só mais um corpo
Que nem agoniza mais.

Á sua espera



Embriago-me da loucura do meu ser
O vinho que bebo é o sangue que escorre do seu crânio.
A mim resta-me apenas um coração estraçalhado
De um amor que nunca foi amor.

À noite no cemitério converso com meus iguais
As almas levantam-se e parecem luzes desfalecidas
Mas na penumbra só há trevas
E meu riso maléfico há insânia dor.

O seu riso casou-me agonia pois não és meu
Meu corpo descansa sobre a tumba fria
Esperando o dia que você me desejará

E olho o céu fechando-se nebulosamente
Nada do que faço te impressiona
Mas um dia você me levará junto a ti para longe deste fim.


terça-feira, 2 de setembro de 2008

Eu esperei muito tempo pelo um beijo que não veio
e por uma repetição que ficou presa no passado remoto

A procura de mim


Eu procuro uma razão
de ser,por que ser?
Apesar de quase 20 anos na escola nunca aprendi e nem me explicaram
Na frente do espelho já não me enxergo,não eu de verdade
Há apenas um desconhecido e pálido rosto,de lápis nos olhos e boca vermelha
O violão já não fala comigo,calou-se diante da minha destruição
Meu corpo clama,grita mas mingúem ouve,és mudo
A dor já não é agonia,é prazer de insanidade

Diante ao computador as palavras me fogem
O que resta é loucura, insensatez
Delírios e risadas macabras é o que atormenta o meu não saber
Posso ficar horas vegetando mas tenho medo
O medo me invade e eu não saio do terror,das ilusões
Vivo apenas

Meus olhos estão parados e perplexos
Está igual meu coração
A vários caminhos mas nenhum responderá minhas interrogações
Eu nada sei mas há quem saiba
Os ignorantes têm a certeza enquanto eu não sei nada
Mas não fico em cima do muro,ele é alto e eu não alcanço
Eu não me alcanço

Uma menina ainda brinca
Sabe tudo e pode ser
Mas ela vive no passado e nada é no presente remoto
E escreve sem sentido,apenas por não existir
E do seu/meu lado a alguém que não é ninguém
Há apenas solidão junto à menina,
Que sou eu.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Deixe-me Só



Deixe-me sozinha
não me perturbe,por favor
Eu não quero auxilio,não quero abrigo,não quero amor.
Deixe-me sozinha,assim viverei em paz
Sozinha o som do silêncio ecoa no meu horizonte
e eu toco o céu de estrelas
Eu não gosto de azul mas o mar é azul
E o mar me atrai como imã
Só ele consola minha dor.

Deixe-me caminhar solitária pela areia fria
Deixe-me sem som,sem voz,sem nada pra felicitar-me
Eu suplico dor
Deixe-me só,não é muito que eu peço
Eu aprendi viver no escuro,hoje o sol me cega,apegue a luz quando se for.
Eu esqueci as magoas do passado mas elas batem à minha porta.

Deixe-me sozinha,desbotando,sendo retrato emoldurado
Deixe-me só como se fosse transparente minha alma
Deixe-me falando mudo,enxergando o escuro,ouvindo o silêncio
Eu já não sinto,simplesmente,SOU

Deixe-me só pois o começo é o fim e o fim é o começo
E um dia tudo voltará ao pó
Deixe-me só para viver dias mórbidos
Deixe-me só sem amor,sem cor,sem forças
Deixe-me,apenas,só.

sábado, 17 de maio de 2008

Agora,Tanto Faz



Caminhava em direção ao nada
Eu fixava o olhar,vegetava
Ao meu redor tudo paralisará.

Escrevo pois não desejo cansar os mesmos ouvidos surdos de sempre
Minha voz muda não é o meu olhar
Um olhar solitário e sonhador.

Eu gosto do silencio das canções
e estar sozinha nas multidões
Observo o mar que alguém pintou de azul
É tão místico o meu olhar
e tão quente o meu amar.

Ninguém lê o que escrevo
Nem ouvi os meus apelos
No mar azul um barquinho a navegar
Guiado num caminho que em algum lugar dará.

Eu vou sozinha com meus amigos
Uma nova geração a se formar
Mas sem essa alienação que estar pairando
E cada novo lugar é um labirinto que esperamos desvendar

Já não faço questão do amor dos contos de fadas
Príncipes não existem.
Quem eu confiava já não confio mais
Quem me agradava,agora tanto faz.

E quando decidi viver um dia de cada vez,
estava aos poucos me matando
Eu não faço mais o que queres
Abraços já não me acalentam mais.

Príncipes



Na penumbra do meu quarto sinto-te tocando minha pele
Beijando-me a boca
Acariciando meu corpo nu e seus contornos
Ouço-te ofegante e cheia de tesão
Cheiro-te o teu suor desigual.

No claro tenho a possibilidade de apreciar-te
Contempla-te ao longe
pois você só é meu nas minhas fantasias .

Mas são essas horas que você se faz mais presente
Torna-se mais homem pra meus afagos
Você torna-se tudo o que sonhei um dia
Não me importa teus defeitos,no meu sonho você não os tem
Você é príncipe dos contos de fadas que ninguém nunca contou pra mim.

Todas as poucas vezes que posso contigo falar é o resplandecer do sol
Atento-me a cada significante ou insignificante palavra que soa de seus lábios de mel
Seus lindos dentes clareiam meu caminho como se fosse o sol
Eu nos meus pensamentos já me sinto sua e você é meu
Meu para sempre
Até que eu encontre o meu príncipe real

Deixe-me Só



Deixe-me sozinha
não me perturbe,por favor
Eu não quero auxílio,não quero abrigo,não quero amor.
Deixe-me sozinha,assim viverei em paz
Sozinha o som do silêncio ecoa no meu horizonte
e eu toco o céu de estrelas
Eu não gosto de azul mas o mar é azul.

Deixe-me caminhar solitária pela areia fria
Deixe-me sem som,sem voz,sem nada pra felicitar-me
Eu suplico dor
Deixe-me só,não é muito que eu peço
Eu aprendi viver no escuro,hoje o sol me cega,apegue a luz quando se for.
Eu esqueci as lembranças do passado mas elas batem à minha porta.

Deixe-me sozinha,desbotando,sendo retrato emoldurado
Deixe-me só como se fosse transparente minha alma
Deixe-me falando mudo,enxergando o escuro,ouvindo o silêncio
Eu já não sinto,simplesmente,SOU

Deixe-me só pois o começo é o fim e o fim é o começo
E um dia tudo voltará ao pó
Deixe-me só para viver dias mórbidos
Deixe-me só sem amor,sem cor,sem forças
Deixe-me,apenas,só.

domingo, 9 de março de 2008

Será que pode???


Pode alguém roubar sonhos????
Roubar vidas???
Será que alguém pode aprisionar pensamentos???
É justo proibir um último suspiro???
Manter cativo um coração,mesmo sendo da pessoa amada??
Será certo só pensar no que sente???
E o outro????

São tantas as perguntas...
Muitas das quais eu já sei a resposta mas por algum motivo não entendo...
Ou não quero entender...

Já chorei por respostas que não queria ouvir....
Sei algumas verdades
e não quero que me digam pois é difícil saber o que sabemos mas que preferíamos não saber....
Eu não quero mas mentir mas tudo me leva a você...
As suas mentiras e contradições..

Já não me importo com sua ausência ou inexistência
Tornei-me insensível para com o coração
Torturo-me por saber respostas...
Respostas as quais sei e não tenho certeza.

Eu não queria saber o certo..
Que não é por mim que vais e sim por ti...
E não minta mais...

Alguém pode enganar-se assim?
Alguém pode querer enganar-se??
Por que agora só há lembranças do que não vivemos??
Será que eu sei??
Será que alguma coisa é de verdade??

O doce sabor do que não é permitido



Tu experimentaste o doce sabor do proibido???
O que está esperando para provar o que todos desaprovam??
O tempo é curto para a nossa vida longa...
Não pense no que o outro acha...
Não crie falas para alegrar o outro e destruir-te...
Pense mais em si...
Só pense em si..
Experimente o fruto,
o que te foi proibido...

Não perca sua autencidade...
Não se perca de você...
Faça o que você deseja fazer...
seja isso certo ou errado..
A vida ensina a ser...
Ela ensina:cada um por si,Deus contra todos...

Não pense muito no que não se deve fazer...
Faça...
Depois você saberá o sensato e o censurável...
Mas ninguém pode dizer-te o que fazer..
E uma última observação:quem não conhece o proibido nunca saberá o que permitido...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Monotonia


Numa tarde nostálgica de semana
peguei meu caderninho e sentei-me num banco de uma rua movimentada
observei o movimento de vai-e-vem dos robôs guiados por esse sistema corrupto
que foi criado para ser perfeito e que os criadores até hoje tenta desagregar suas imperfeições
aquela circulação monótona de uma mesmice que me dá ânsia de vomito a todo instante.

Estava lá,parada,há horas
inotável e intocável no meio da multidão
Poderia matar-me,cortar os pulsos,sangrar,chorar ou gritar
mas naquela multidão tediante ninguém iria notar-me
E também não tenho forças para com minha vida acabar só para chamar a atenção dos desculpados que por ali passam
As feridas da loucura da noite passada estão expostas no meu corpo e mente.

A noite cai rapidamente naquele centro do capitalismo e egoísmo
já estava perigoso pensar naquele horário
há essa hora as pessoas vermes saem
e podem minhas idéias idiotas e verdadeiras roubar
ou aprisionar meus sonhos de menina e minhas inspirações suicidas.

Então,levantei-me
tirei a cinzas daquele centro de cidade cremada do meu corpo desnutrido e pálido
e assim na minha solidão fui embora pra longe daquela podridão.

Mias Uma Tarde De Crise Existencial


Na falta de caneta e papel
Escrevi essas palavras em um guardanapo
usei pena como caneta
como tinta usei sangue
o sangue que escorria dos meus pulsos
de um momento insano e de melancolia.

Escrevi sem saber o que dizer
mas não quis desperdiçar esse momento de distração
também não quis que meu sangue jorrasse sem um motivo concreto de loucura
Procurei em meu dicionário palavras mórbidas e insiguinificantes
também criei palavras e fiz uma poesia exata.

Louca?!
Depende do lado que olhar,
do estado de crise que estou.
Sim!
Esse é um deles!
Coloco em dúvida minha descendência,
minha existência,
minha vida e
quem sou.

E quando chegar a noite
aquele cheiro de cidade cadáver me faz vomitar
e vê aqueles homens nojentos no bar a se fretar
Eu vomito em cima dessa hipocrisia banal
escondo-me para não me vitimizar sobre essa guerra aguda da vida contra a morte e vice-versa
Neutralizo-me para não sofrer as conseqüências que sofrem os heróis que tentaram mudar esse mundo infame.
Existe também a droga que me tiram a vida
mas não a uso a todo instante
do meu lado direito coloca os meus planos em pratica
e leva nome pelo plagio concedido por fraqueza desse meu ser desprezível.

E quem me desenhou
aprisionou meus sonhos em um quadro
e mostra a bela verdade que não existi aqui.

O sangue corre sempre daquele lado da montanha
As flores fedem e as fezes perfumam essa podridão

O sangue corrente do meu pulso seca
minha crise existencial chaga mais uma vez ao fim
depois de uma tarde triste de inspiração.

Fins e Começos


Um dia tudo acaba
Não importa o quanto tempo dure,acaba.
Algumas coisas duram muito tempo,quase um para sempre,
outras duram quase nada,como se nem estivesse existido.
Uma flor que murcha,um amor que se acaba
uma lágrima que cai do queixo e seca antes de cair no chão.
Tudo tem fim.
Tudo acaba em algum momento.

Uma dor,
uma tristeza,
até a felicidade.
Um coração magoado
uma pessoa que amamos partindo...

Ninguém pode evitar o fim.
Nem ser imortal.
Nem ser feliz a todo o momento.
Só o que fica na memória são as lembranças,
a saudade do que foi bom,
dos sorrisos,das conversas,
das rodas de violão,do tempo de criança,
dos amigos que foram pra longe...

Mas ao mesmo tempo em que acaba
há um novo começo
Nunca será igual ao de antes mas há sempre um novo começo.
Os sorrisos ficam meio amarelados pelo tempo,mas ainda existe e ainda é sincero como os das crianças,
as conversas ficam mais sérias e responsáveis,mesmo que de vez em quando haja umas bobagens a serem ditas,
chegam novos amigos,que irão embora cedo ou tarde,
as rodas de violão ficam cada vez mais escassas,mas ainda nós reuniremos para tocar e cantar,mesmo que as músicas e os ídolos não sejam mais os mesmos,
e o tempo de criança chega para outras pessoas,que pode ser nossos filhos ou os de outra pessoa.

A vida é feita de fins e começos
de momentos tristes e momentos feliz,
de choro e sorrisos,
de ofensas e de perdões,
de encontros e desencontros.
A vida é feita de mudanças

A vida é uma dádiva de Deus
Se você sofre hoje amanhã pode ser a pessoa mais feliz do mundo
Deus só dá o peso que podemos carregar.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Lembranças nostálgicas




Um olhar perdido numa imensidão vasta
Um horizonte belo e colorido
Num triste fim de tarde no verão.

Meus pensamentos traiçoeiros hoje me incriminam
Por um segundo esquecendo minhas frustrações
Observei cada coisa no seu jeito de ser
Desde de um simples largata a uma incrível borboleta
As transformações que passei
Não tão rápidas como de uma largata à borboleta
Mas tão duráveis como o para sempre dos contos de fadas.

Olhando para trás
Uma lembrança nostálgica da infância e dos amigos deixados pelo caminho
Uma triste lembrança de um passado não tão longe mas não tão perto
E uma incerteza do que sinto
Uma vontade não tão seria de voltar a ser inocente e ter meu local garantido no céu das criancinhas
Ainda ouço os gritos estridentes de todos nós brincando de esconde-esconde ou qualquer outra brincadeira de rua.
Uma saudade daqueles que estão presentes apenas nas lembranças,nas fotos envelhecidas e presos na moldura das fotos enquadradas.

Olho ao meu redor
E me desconecto por apenas poucos mais preciosos segundos
Agora uma incerteza do futuro,do próximo dia
Uma inquietação dentro de mim
Eu imersa dentro de mim,conversando com Deus e meu coração
Meu futuro programado mas incerto
E lembranças fugazes da menininha que ficou perdida e presa no ontem que já é um passado longínquo.