quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Mias Uma Tarde De Crise Existencial


Na falta de caneta e papel
Escrevi essas palavras em um guardanapo
usei pena como caneta
como tinta usei sangue
o sangue que escorria dos meus pulsos
de um momento insano e de melancolia.

Escrevi sem saber o que dizer
mas não quis desperdiçar esse momento de distração
também não quis que meu sangue jorrasse sem um motivo concreto de loucura
Procurei em meu dicionário palavras mórbidas e insiguinificantes
também criei palavras e fiz uma poesia exata.

Louca?!
Depende do lado que olhar,
do estado de crise que estou.
Sim!
Esse é um deles!
Coloco em dúvida minha descendência,
minha existência,
minha vida e
quem sou.

E quando chegar a noite
aquele cheiro de cidade cadáver me faz vomitar
e vê aqueles homens nojentos no bar a se fretar
Eu vomito em cima dessa hipocrisia banal
escondo-me para não me vitimizar sobre essa guerra aguda da vida contra a morte e vice-versa
Neutralizo-me para não sofrer as conseqüências que sofrem os heróis que tentaram mudar esse mundo infame.
Existe também a droga que me tiram a vida
mas não a uso a todo instante
do meu lado direito coloca os meus planos em pratica
e leva nome pelo plagio concedido por fraqueza desse meu ser desprezível.

E quem me desenhou
aprisionou meus sonhos em um quadro
e mostra a bela verdade que não existi aqui.

O sangue corre sempre daquele lado da montanha
As flores fedem e as fezes perfumam essa podridão

O sangue corrente do meu pulso seca
minha crise existencial chaga mais uma vez ao fim
depois de uma tarde triste de inspiração.

Nenhum comentário: