quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Além da Alma

Não desvie seu olhar de mim,
Não esconda o que não é invisível
Não tente mentir, tudo está expresso.
Além da alma eu posso enxergar.
O que adianta ficar parada,
Se não for para olhar para trás?
O que adianta as brumas se
Há fogo e fumaça por todos os caminhos?

O paradoxo se transformando em clichê
Num vai e vem de algo que nunca pôde ser,
Dimensões paralelas, que nunca vão se encontrar.
Um mundo meu em um mundo seu.
Em linhas que não começam, mas acabam,
Pois mesmo o amor, tem fim.

Impossibilidades latentes, tristes e vazantes.
Coisas que nunca foram e não poderão ser.
Um dia quem sabe, mas ninguém nunca soube.
Sonhos não são realidades,
Vozes falam, mas eu não ouço o seu dizer.
Ouço músicas, só elas não são falsas.

No meu mudo irreal, vivendo por nada, e,
Amando você.
Te sentido tão perto, aqui tão longe.
Minhas mãos te tocam no nada,
Meus olhos enxergam tudo o que é invisível,
E o que não é, eu não sei se existe, ou se é apenas o sempre,
O sempre acabando, sendo sempre você.