quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Monotonia


Numa tarde nostálgica de semana
peguei meu caderninho e sentei-me num banco de uma rua movimentada
observei o movimento de vai-e-vem dos robôs guiados por esse sistema corrupto
que foi criado para ser perfeito e que os criadores até hoje tenta desagregar suas imperfeições
aquela circulação monótona de uma mesmice que me dá ânsia de vomito a todo instante.

Estava lá,parada,há horas
inotável e intocável no meio da multidão
Poderia matar-me,cortar os pulsos,sangrar,chorar ou gritar
mas naquela multidão tediante ninguém iria notar-me
E também não tenho forças para com minha vida acabar só para chamar a atenção dos desculpados que por ali passam
As feridas da loucura da noite passada estão expostas no meu corpo e mente.

A noite cai rapidamente naquele centro do capitalismo e egoísmo
já estava perigoso pensar naquele horário
há essa hora as pessoas vermes saem
e podem minhas idéias idiotas e verdadeiras roubar
ou aprisionar meus sonhos de menina e minhas inspirações suicidas.

Então,levantei-me
tirei a cinzas daquele centro de cidade cremada do meu corpo desnutrido e pálido
e assim na minha solidão fui embora pra longe daquela podridão.

Um comentário:

Filipe Monteiro disse...

Lindo juh...
Parabens;;
beijo
Phil