terça-feira, 28 de julho de 2009

Preto e Branco


Metade de mim é o nada,
A outra não existe.
Concretizo-me em palavras,
Que cortam, sangram e no fim,
o vento as levam.

Ninguém me enxerga,
Em preto e branco vivos,
Estou inerte, passam e ninguém me nota.
Mas como poderiam se está escuro,
Se a luz apagou o mundo,
Caem-se sempre em tentação?

Sei lá, tudo é sempre assim.
Nada fora da rotina,
Nada que não foi programado antes.
Esta tudo sobre o controle
Nada caindo em contradição.
No exato lugar onde nunca esteve exato.

Ninguém nunca enxergou o sangue vibrante
Sempre corrente nunca parado,
Indo e voltando, pulsando e calmo,
De todas as cores, raças e religiões,
Sangue que corre em mim.
Mas ninguém me viu, pois talvez não exista,
Talvez seja você, e só talvez seja eu a existir aqui.


terça-feira, 16 de junho de 2009

Prêmio Dardos

"O Prémio Dardos reconhece os valores que cada blogueiro mostra cada dia no seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais etc., que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto na suas letras, na suas palavras."





Fui indicada por: Haísa Lima

Minha liste de premiados:

http://profmanoelopes.skyrock.com

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http://voz-vermelha.blogspot.com

http://magiaeespiritualidade.blogspot.com/

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Sempre

Você já me esqueceu.
Porque o telefone não toca?
O desespero esta em mim há horas.
Nada sou sem você aqui.
Sem você estou sem mim.
E pela última vez me beija,
Faz de conta que sou a primeira,
Ama-me
E no fim, sempre há o Adeus.
Mas há sempre à volta,
Quando você me pega no colo,
Faz-me mal.
Ah! Se você soubesse o que acontece aqui
Quando você se vai e não me liga,
Me esquece, e o nada acontece.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Outono



Meu mundo é frio e melancólico,
Mesmo quando vem a mim o sorriso estonteante,
Ou deixo escapa-lo.
Na felicidade, minha vida é deprimida.
Não sou quem fala por mim.

O outono é o começo da expressão
Límpido, puro, sangue e ventre.
Começo a viver, mesmo não sentido o fôlego ou a brisa.
Meu mundo não é mais ideal, converte-se em insanidade.
Mas mesmo assim, és a vida que sempre habitou aqui.

O rio espelha minha alma, o começo sem fim.
Bebi a felicidade da tristeza e hoje só isso me traz aqui.
O só, foi o que eu quis, o escolhido, mas foi-se sem mim.
Deixou-me aqui sem saber quem era, mas aos poucos volto sentir.

Inconsciente, digo, penso faço, escrevo por alma
Quando me acho parada, perplexa, em fim.
O outono me remete a existência.
Traz-me liberdade palpável, consistente, verdadeira.
Traz minha inocência e minhas roupas brancas,
tingidas com meus pensamentos negros, escuros, obscuros, infortúnios.

O peso é mais denso que a massa,
O chão povoado de secas folhas,
E meu corpo inerte, desfrutando da minha redenção
Vem-me a água límpida, meu sorriso, desejo.
Apenas por instante, acredito em tudo que nunca vivi.