sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Vazio Intriseco


Tem dias que eu tenho vontade de dizer palavras proibidas
Outros, não tenho vontade de dizer palavras,
Apenas concretizar seus sentidos mais profanos.
Ora ambíguos e duplos ora intrínsecos e singulares.
Tem noites que desejo o sono,
Na maioria, imploro pelo areal que vive em ti.
Viver sinônimos e antônimos em suas analogias
Os paradoxos vivem em mim ou eu vivo neles?
Não sei bem onde estou, mas onde está o que não existe: Perpetuo.
Nada faz sentido a meia-luz com solidão de almas
E multidões de pensamentos desconexos formando consistência
Nada faz sentido em nenhum momento perdido
No escuro de uma sala iluminada, onde ficou apenas a lembrança
Risos e conversas paralisadas, gravadas no instante do adeus.
E então, chegou ao fim do que nem teve começo.
O vazio cravou na carne , trazendo sangue, dor e solidão.

domingo, 5 de setembro de 2010

Poesia Besta


Amanhã o que será de mim
Quando você não mais existir
não se fazer presente em minha vida?
Qual será o sentido de acordar
Com a certeza de que falta metade (talvez o todo)?
Abrir os olhos, respirar sem o ar,
sonhar sem poder te imaginar,
seguir com sua quase que completa lacuna.
Apenas mecanizar, sem nada para viver
Na ausência de quimeras
Todos os castelos destruídos
Sem você, a vida não faz sentido.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Além da Alma

Não desvie seu olhar de mim,
Não esconda o que não é invisível
Não tente mentir, tudo está expresso.
Além da alma eu posso enxergar.
O que adianta ficar parada,
Se não for para olhar para trás?
O que adianta as brumas se
Há fogo e fumaça por todos os caminhos?

O paradoxo se transformando em clichê
Num vai e vem de algo que nunca pôde ser,
Dimensões paralelas, que nunca vão se encontrar.
Um mundo meu em um mundo seu.
Em linhas que não começam, mas acabam,
Pois mesmo o amor, tem fim.

Impossibilidades latentes, tristes e vazantes.
Coisas que nunca foram e não poderão ser.
Um dia quem sabe, mas ninguém nunca soube.
Sonhos não são realidades,
Vozes falam, mas eu não ouço o seu dizer.
Ouço músicas, só elas não são falsas.

No meu mudo irreal, vivendo por nada, e,
Amando você.
Te sentido tão perto, aqui tão longe.
Minhas mãos te tocam no nada,
Meus olhos enxergam tudo o que é invisível,
E o que não é, eu não sei se existe, ou se é apenas o sempre,
O sempre acabando, sendo sempre você.