terça-feira, 2 de setembro de 2008

A procura de mim


Eu procuro uma razão
de ser,por que ser?
Apesar de quase 20 anos na escola nunca aprendi e nem me explicaram
Na frente do espelho já não me enxergo,não eu de verdade
Há apenas um desconhecido e pálido rosto,de lápis nos olhos e boca vermelha
O violão já não fala comigo,calou-se diante da minha destruição
Meu corpo clama,grita mas mingúem ouve,és mudo
A dor já não é agonia,é prazer de insanidade

Diante ao computador as palavras me fogem
O que resta é loucura, insensatez
Delírios e risadas macabras é o que atormenta o meu não saber
Posso ficar horas vegetando mas tenho medo
O medo me invade e eu não saio do terror,das ilusões
Vivo apenas

Meus olhos estão parados e perplexos
Está igual meu coração
A vários caminhos mas nenhum responderá minhas interrogações
Eu nada sei mas há quem saiba
Os ignorantes têm a certeza enquanto eu não sei nada
Mas não fico em cima do muro,ele é alto e eu não alcanço
Eu não me alcanço

Uma menina ainda brinca
Sabe tudo e pode ser
Mas ela vive no passado e nada é no presente remoto
E escreve sem sentido,apenas por não existir
E do seu/meu lado a alguém que não é ninguém
Há apenas solidão junto à menina,
Que sou eu.

3 comentários:

Lucas Galindo disse...

Difícil falar sobre palavras tão belas, carregadas de sentimentos visivelmente sinceros.

O que seria o mundo, essa pequena célula universal, para responder questionamentos tão complexos?

Minha humana insignificância só me permite aconselhar: siga procurando. E andando para frente.

Um beijo de Lucas

WEB RADIO PHILOS. disse...

És uma questão muito dificil de responder,mas deve lhe adivertir que essa pergunta não é exclusividade sua, e vc sabe disso veja essa reflaxão:Certa feita um célebre pensador alemão, Arthur Schopenhauer, estava imerso em seus questionamentos acerca da naturaza da existência humana quando, estupefato com suas elucubrações, decidiu sentar-se num banco de um jardim particular. Os proprietários, assustados com a presença do estranho, decidiram acionar um membro da guarda municipal. Este, dirigindo-se ao filósofo, pergunta-lhe: - Quem é o senhor? Schopenhauer, com um olhar penetrante e um ar sombrio e melancólico, diz-lhe: - Lhe seria eternamente grato se você me respondesse!
Um outro grande pensador, diante do mesmo questionamento, apresenta uma solução um pouco menos polêmica e, consequentemente, um pouco mais elegante. Jean-Paul Sartre teria dito: "Je suis mon corps!" (Eu sou o meu corpo!)
Aparentemente trata-se de uma questão simples a qual, para responder, bastaria que eu dissesse: - Eu sou , Manoel sou baixo, bem humorado, tenho 31 anos, cabelo castanho claro, olhos castanhos escuros...
No entanto, fazendo isto estaria tratando somente do meu corpo, daquilo que reveste o meu Ser, daquilo que é apenas o simulacro, a expressão carnal daquilo que sou. Intrinseca a esta pergunta "quem sou?" está a pergunta "o que sou?" O que de mim é imutável, imperecível, transpõe as barreiras da carnalidade... enfim, o que de mim fica depois que eu morrer, o que está por trás do arcabouço e da epiderme? É certo que não é o meu corpo! O que será então?
- Lhes seria eternamente grato se vocês me respondessem!!!

Jυℓiα Ѕσαлεѕ ╰☆╮ disse...

Lucas seguirei seu conselho sempre a minha procura...
Manoel a carne, o meu corpo não é minha alma...
Também ficaria grata se me disse quem sou..

Beijos ao dois...