sábado, 17 de maio de 2008

Agora,Tanto Faz



Caminhava em direção ao nada
Eu fixava o olhar,vegetava
Ao meu redor tudo paralisará.

Escrevo pois não desejo cansar os mesmos ouvidos surdos de sempre
Minha voz muda não é o meu olhar
Um olhar solitário e sonhador.

Eu gosto do silencio das canções
e estar sozinha nas multidões
Observo o mar que alguém pintou de azul
É tão místico o meu olhar
e tão quente o meu amar.

Ninguém lê o que escrevo
Nem ouvi os meus apelos
No mar azul um barquinho a navegar
Guiado num caminho que em algum lugar dará.

Eu vou sozinha com meus amigos
Uma nova geração a se formar
Mas sem essa alienação que estar pairando
E cada novo lugar é um labirinto que esperamos desvendar

Já não faço questão do amor dos contos de fadas
Príncipes não existem.
Quem eu confiava já não confio mais
Quem me agradava,agora tanto faz.

E quando decidi viver um dia de cada vez,
estava aos poucos me matando
Eu não faço mais o que queres
Abraços já não me acalentam mais.

Príncipes



Na penumbra do meu quarto sinto-te tocando minha pele
Beijando-me a boca
Acariciando meu corpo nu e seus contornos
Ouço-te ofegante e cheia de tesão
Cheiro-te o teu suor desigual.

No claro tenho a possibilidade de apreciar-te
Contempla-te ao longe
pois você só é meu nas minhas fantasias .

Mas são essas horas que você se faz mais presente
Torna-se mais homem pra meus afagos
Você torna-se tudo o que sonhei um dia
Não me importa teus defeitos,no meu sonho você não os tem
Você é príncipe dos contos de fadas que ninguém nunca contou pra mim.

Todas as poucas vezes que posso contigo falar é o resplandecer do sol
Atento-me a cada significante ou insignificante palavra que soa de seus lábios de mel
Seus lindos dentes clareiam meu caminho como se fosse o sol
Eu nos meus pensamentos já me sinto sua e você é meu
Meu para sempre
Até que eu encontre o meu príncipe real

Deixe-me Só



Deixe-me sozinha
não me perturbe,por favor
Eu não quero auxílio,não quero abrigo,não quero amor.
Deixe-me sozinha,assim viverei em paz
Sozinha o som do silêncio ecoa no meu horizonte
e eu toco o céu de estrelas
Eu não gosto de azul mas o mar é azul.

Deixe-me caminhar solitária pela areia fria
Deixe-me sem som,sem voz,sem nada pra felicitar-me
Eu suplico dor
Deixe-me só,não é muito que eu peço
Eu aprendi viver no escuro,hoje o sol me cega,apegue a luz quando se for.
Eu esqueci as lembranças do passado mas elas batem à minha porta.

Deixe-me sozinha,desbotando,sendo retrato emoldurado
Deixe-me só como se fosse transparente minha alma
Deixe-me falando mudo,enxergando o escuro,ouvindo o silêncio
Eu já não sinto,simplesmente,SOU

Deixe-me só pois o começo é o fim e o fim é o começo
E um dia tudo voltará ao pó
Deixe-me só para viver dias mórbidos
Deixe-me só sem amor,sem cor,sem forças
Deixe-me,apenas,só.